Cidadania Rural prossegue obtendo excelentes êxitos em Serrinha

Cerca de 400 famílias que vivem na zona rural do Campo da Ema, município de Biritinga, distante a 25 km de Serrinha, tiveram ontem, dia 29, a oportunidade de conhecer de perto os serviços da Defensoria Pública da Bahia.

Os defensores públicos Gil Braga e Tatiane Franklin Ferraz, dando prosseguimento ao projeto Cidadania Rural, visitaram a região e prestaram atendimento para mais de 40 pessoas que sobrevivem do cultivo do feijão, milho e mandioca e nunca receberam visita de juiz ou promotor.

As maiores queixas relatadas pela comunidade foram: 1) falta de energia elétrica nas residências; 2) usuários de drogas; 3) falta de um Centro de Atenção Psicosocial destinado a acolher e cuidar de pessoas com dificuldades decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas (CAPS-AD); 4) violência doméstica e familiar.

No local, segundo informações da comunidade, há acesso a água, posto de saúde abrangida pelo Programa Saúde da Família, não há casos de violência contra idosos, mas infelizmente alguns não conseguem aposentadoria rural. E embora exista transporte escolar para as pessoas que desejam estudar, só há escola até o ensino fundamental.

A comunidade acredita que a visita dos defensores públicos trouxe esperança para aqueles que se sentem excluídos pela sociedade. Em depoimento, um líder comunitário e que também é agente de saúde, falou que a visita da Defensoria Pública facilita o acesso, já que as pessoas não têm condições financeiras para alugarem um carro e irem até Serrinha.

Ele destacou ainda que acha importante as pessoas conhecerem seus direitos. “A parceria com os agentes comunitários de saúde é boa porque são os agentes conhecem melhor as dificuldades das pessoas”. E acrescentou: “Nós, agentes comunitários, também temos que nos aproximar da comunidade como a Defensoria Pública”.

Para o morador JAL, o encontro dos defensores com a comunidade rural promoveu realmente um elo de aproximação dos direitos com as pessoas. “É um avanço para as pessoas que não possuem condição econômica de ir até Serrinha”. Ele diz que “as perguntas feitas pelos defensores públicos foram extremamente importantes para conhecer a comunidade e provocar as pessoas para reivindicarem seus direitos”.

O Cidadania Rural, projeto criado pelos defensores Gil Braga e Tatiane Franklin Ferraz, existe desde fevereiro de 2009. Desde a sua implementação, mais de 300 pessoas que vivem na zona rural já foram beneficiadas, das 25 comunidades que foram visitadas. Na opinião da dupla de defensores, isso demonstra o prosseguimento de um projeto que está contagiando toda a região.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ADEP-BA

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